A pequena Milena Alves, de 10 anos, foi estuprada e morta dentro da casa onde morava em Camaçari, Região Metropolitana de Salvador (RMS). O corpo da vítima foi encontrado dentro do quarto pela própria mãe, por volta de 17h, na Rua da Manoela, no bairro Gleba A.
Nas primeiras apurações, ainda na noite de quinta, agentes da 18ª Delegacia (Camaçari) que estiveram no local informaram ao CORREIO que a menina foi estuprada e morta por asfixia dentro da própria casa. À PM, a mãe informou que a janela da casa estava arrombada.
Três suspeitos do crime chegaram a ser detidos, mas após prestar depoimento, foram liberados. Eles negam o crime (ver abaixo).
Testemunhas estão sendo ouvidas na Delegacia de Homicídios de Camaçari pela delegada Maria Tereza. Entre as que já prestaram depoimento está a mãe da vítima, Ana Conceição Alves.
De acordo com o cunhado de Ana, Daniel Bonfim, 32, a garota saiu na companhia da mãe por volta das 7h para a escola. A mãe, após deixar a filha na escola, seguiu para o trabalho, uma loja de roupas no centro da cidade.
Volta da escola
A pequena Milena voltava, todos os dias, sozinha para casa. De acordo com Daniel, no dia do crime não foi diferente: a garota chegou em casa depois da aula, no entanto, foi encontrada morta, com sinais de violência sexual, em cima da cama do próprio quarto. A mãe foi a primeira a se deparar com o corpo, logo após chegar do serviço.
“Ela entrou em desespero, saiu gritando, atordoada, pedindo socorro”, conta Daniel.
A garota era responsável por buscar o irmão na creche, à tarde, mas não apareceu na unidade de ensino. A princípio, após chegar em casa e encontrar a filha sem vida, a mãe também achou que o garoto de três anos havia sido sequestrado; ele estava na creche a espera da irmã.
“Às vezes, a mãe também buscava o garoto. Quando ela entrou e não encontrou o menino, achou que algo tivesse acontecido com ele também. O menino não estava porque a garota não foi buscá-lo”, acrescentou o cunhado.
Ainda de acordo com o cunhado, a mãe da vítima reparou que a porta da casa estava trancada e a chave presa na fechadura, no interior da residência. Sinais que levam a família a acreditar que o autor do crime já poderia estar no interior da residência, a espera de Milena.
No entanto, a delegada que está a frente do caso evitou falar sobre o crime. “Para não atrapalhar as investigações”, justificou Ana Tereza.