O ex-cantor da banda baiana de pagode New Hit, Eduardo Martins Daltro de Castro Sobrinho, conhecido como Dudu Martins, foi preso na segunda-feira (2), em Salvador. O músico foi condenado a 10 anos de prisão pelo crime de estupro coletivo contra duas fãs, cometido em 2012.
Dudu Martins teve o mandado cumprido dentro de casa, 12 anos após o crime. Atualmente, ele trabalhava como backing vocal do cantor de pagode Igor Kannário.
Em 27 de outubro de 2012, dez integrantes da banda foram detidos na cidade de Ruy Barbosa, a 300 km de Salvador, depois de terem sido denunciados por estupro contra duas fãs de 16 anos. O abuso teria ocorrido dentro do ônibus da banda, após show realizado em uma micareta na cidade.
O grupo foi condenado a 11 anos e oito meses de prisão em 2015, entrou com recurso e aguardou o novo julgamento em liberdade. Em 2017, dois investigados foram absolvidos e oito foram condenados a 10 anos e oito meses de prisão, entre eles Dudu Martins.
Os oito ex-integrantes da New Hit foram presos ainda em 2017, mas depois foram liberados em 2018, um dia antes do Dia da Mulher. Eles foram beneficiados por um habeas corpus coletivo e passaram a responder em liberdade.
O grupo foi denunciado pelas duas adolescentes de 16 anos em outubro de 2012, após um show na cidade de Ruy Barbosa.
O estupro teria ocorrido após os suspeitos receberem as jovens para sessão de fotos no ônibus do grupo. O cantor e outros oito integrantes da banda foram presos e depois soltos para responderem a acusação em liberdade.
Segundo consta na primeira sentença, proferida em 2015, as vítimas saíram da cidade vizinha de Itaberaba para uma micareta em Ruy Barbosa. Após a apresentação, foram até o ônibus da banda para tirar fotos com os músicos e pegar autógrafos.
A denúncia do MP apontou que foi praticado, mediante extrema violência, por repetidas vezes e em alternância, conjunção carnal e diversos atos libidinosos.
Segundo a Justiça, durante o processo, além das duas vítimas e dez acusados, foram ouvidas 12 testemunhas incluídas pela acusação, por meio do Ministério Público, e 53 testemunhas de defesa.
O grupo foi preso em 2017. Cinco deles cumpriam pena no Complexo Penitenciário da Mata Escura, em Salvador, e três deles no Conjunto Penal de Feira de Santana.
Cerca de cinco meses depois, em 2018, todos foram beneficiados por um habeas corpus coletivo. O pedido foi feito pela defesa, segundo o advogado, porque a prisão ocorreu mesmo após o processo não ter sido transitado em julgado, ou seja, com a apreciação dos recursos. Fonte: Blog do Valente