Enquanto o elenco do Vitória se prepara para o jogo contra o ABC, domingo (31), pela 17ª rodada da Série C, a diretoria recebeu uma má notícia. O clube foi notificado de mais uma punição aplicada pela Fifa e está, novamente, impedido de contratar atletas por uma dívida envolvendo a contratação do atacante argentino Walter Bou, que aconteceu em julho de 2018, na gestão de Ricardo David.
Após quitar o pagamento de R$ 1 milhão para o jogador em março deste ano e ficar livre da primeira punição imposta pela Fifa, ocorrida em janeiro, o rubro-negro recebeu um “transfer ban” (proibição de transferência) por não pagar o Boca Juniors, clube que emprestou o atacante. O valor nominal é de 350 mil dólares, cerca de R$ 1,8 milhão na cotação atual.
“Nós já vínhamos conversando há um tempo e enviamos a proposta de parcelamento. A antiga gestão que fez a contratação fez um acordo de pagar parcelado, mas como não honrou com o compromisso, o Boca Juniors pede o pagamento à vista desse valor agora. Mas já enviamos uma nova proposta e estamos aguardando o retorno deles”, explicou Mota.
O presidente rubro-negro disse também que, para este ano, na reta final da Série C, a punição não é prejudicial, já que não irá fazer mais contratações. Mas a meta da diretoria é entrar em acordo o mais rápido possível e evitar prejuízos no fim do ano, na montagem do elenco para 2023.
Entretanto, as dívidas do Vitória que podem resultar em punição desse tipo não se limitam ao atual acordo que está sendo tentado com o Boca Juniors. Fábio Mota lembra que o clube já aguarda uma outra punição vinda da Fifa. Dessa vez, resultante da contratação de Jordy Caicedo, em 2019, durante a gestão de Paulo Carneiro.
O cenário é parecido com o de Walter Bou e Boca Juniors. O Vitória já entrou em um acordo com o equatoriano e paga, mensalmente, R$ 80 mil ao jogador. O acordo pôs fim à punição pela dívida total de R$ 4 milhões.
Agora, o clube precisa entrar em acordo com a Universidade Católica de Quito, equipe que negociou o atacante com o rubro-negro. Segundo Fábio Mota, o valor gira em torno de 500 mil dólares (cerca de R$ 2,6 milhões).
Fonte: Correio 24h