Conhecido como Ravengar, Raimundo Alves de Souza morreu nesta quinta-feira (8), aos 70 anos, de acordo com informações da TV Bahia. Ele estava internado no Hospital Geral Ernesto Simões Filho. De acordo com informações, o ex-traficante sofria com as consequências do diabetes.
Apontado como maior traficante de cocaína da Bahia, Ravengar comandou por muito tempo o tráfico de drogas no Morro do Águia, no Retiro, e foi preso no distrito de Monte Gordo, em Camaçari, no Litoral Norte.
Histórico
Ravengar ficou conhecido depois que a polícia investigou a criação de uma cartilha que ficou conhecida como o Código Ravengar. No material, que foi digitado, impresso, encadernado e distribuído entre os presos, estavam as regras de comportamento e as penas previstas para quem as descumprissem no Pavilhão 1 do complexo penitenciário. Por conta da cartilha, Ravengar foi punido com 30 dias na solitária.
Numa carta de quatro laudas enviada ao CORREIO, em 2009, o traficante se disse vítima de “infâmia”, garantiu ser um preso de bom comportamento e reivindica direito a defesa.
Ravengar foi condenado por tráfico e ficou preso, em regime fechado, de fevereiro de 2004 a maio de 2012, quando teve a progressão de pena. De 25 anos, a pena foi reduzida para 22. Como já tinha cumprido mais de um sexto, obteve mudança para regime semi-aberto, que só não tinha sido efetivado por falta de vaga.
Em 2017, um dos mais famosos traficantes da história da Bahia voltou a ser preso por tráfico de drogas, junto com a mulher, com os filhos e um neto. A Operação Petros foi deflagrada na Fazenda Grande do Retiro, Pero Vaz e Paripe, além de ter capturado Ravengar, cumpriu mais cinco mandados de prisão.
Fonte: Correio 24h