Item aliado na prevenção contra a contaminação pelo coronavírus, o álcool em gel chegou a preços não muito amigáveis nas farmácias soteropolitanas com a pandemia de Covid-19 no mundo. De acordo com o Sindicato dos Comércio Varejista de Produtos Farmacêuticos do Estado da Bahia (Sincofarba), os valores do produto na cidade estão variando entre R$ 16 e R$ 23 para a embalagem econômica de 500g — um aumento de até 30% com relação aos preços normais. No entanto, o CORREIO encontrou uma drogaria vendendo até mais caro, por R$ 38, na Praça da Sé (Comércio), e entre os nove locais visitados este foi o único em que havia o produto.
Na farmácia Preço Popular, no Campo Grande, a gerente Rayra de Jesus conta que nem mesmo tem conseguido renovar o estoque. Por lá, o produto na embalagem de 200g, a R$ 10, chegou na manhã desta segunda-feira (16) e esgotou em cerca de cinco minutos. Não há previsão de quando conseguirão repor.
“A gente estima que houve um aumento de 3.000% nas vendas. A procura era baixa, não havia muitas pessoas que tinham esse costume de usar o álcool para higienizar as mãos”, explica ela. As máscaras não estão disponíveis há 15 dias no estabelecimento.
A técnica em informática Marilia Bispo conta que até já tinha esse hábito e comprava a embalagem de um litro (1L) por preços entre R$ 9 e R$ 12. Neste domingo, no entanto, ela teve uma surpresa ao buscar pelo produto numa loja da Palácio das Artes e Essências, no Shopping da Bahia. Estava a R$ 22. Mesmo assim, a técnica decidiu levar duas unidades porque o produto está indisponível na maioria dos lugares.
O CORREIO esteve ainda em quatro drogarias do Imbuí e três na Pituba e em nenhuma delas havia álcool em gel. Na Poupafarma, na Rua das Gaivotas, no Imbuí, o produto voou. Lá estava a R$ 18 a embalagem econômica. Na Drogaria da Gente, logo ao lado, quando tem, custa um real mais caro.
Na Federação, na farmácia Boa Farma, na Rua Caetano Moura, o balconista Júlio César Sá conta que o produto está em falta desde a sexta-feira (13). O produto de 500g por R$16,50 acabou em apenas três horas. “Quando tem álcool o pessoal leva logo em quantidade”, conta. Segundo ele, a busca tem sido intensa e lá chegam cerca de 30 pessoas por dia perguntando pelo item. As máscaras então nem se fala. Em dois dias, o estabelecimento vendeu 1,5 mil e estava a R$ 1 a unidade e R$ 100 a caixa com uma centena.
Fonte: Correio 24h