Faltando cerca de quatro meses para a eleição, uma pesquisa feita pelo instituto Real Time Big Data e divulgada pela TV Record mostra que o perfil do brasileiro ainda é majoritariamente conservador.
Os números divulgados dão conta que 70% dos eleitores esperam que o próximo presidente não tente legalizar o aborto. Para 74% dos entrevistados, a legalização das drogas também não deveria acontecer.
Ao serem questionados sobre o casamento entre pessoas LGBT, 64% disseram que o próximo chefe do Poder Executivo não deveria trabalhar para que isso fosse permitido.
Apesar de toda a campanha em prol dessas bandeiras na mídia brasileira nos últimos anos, o coordenador da pesquisa Bruno Soller identifica que o brasileiro médio mantém as mesmas posições.
“Por mais que os jovens sejam menos conservadores do que os mais velhos nas questões como o aborto e a legalização da maconha, ainda assim é majoritário o conservadorismo entre eles também”, explica Soller.
O pesquisador entende que essas questões estão atreladas à fé do brasileiro. “Esses aspectos batem muito com a fé. O brasileiro é muito religioso. Quase todos, entre católicos e evangélicos, batem muito com esses índices sociais e são contrários ao aborto. Sobre a maconha, muitas mães são preocupadas com os filhos, por isso reprovam a liberação. Elas que puxam essa tendência para cima”, avalia.
Isso também fica evidenciado quando 89% dos entrevistados dizem que preferem um presidente que “acredite em Deus”.
Um outro dado levantado pela pesquisa foi a redução da maioridade penal para 16 anos. A imensa maioria (92%) disse ser favorável a esta mudança. “A crise de segurança que estamos vivendo no Brasil inteiro influencia essa decisão. Isso faz com que o brasileiro queira essa redução. Sempre aparece aquela questão de que a pessoa pode votar com 16 anos e não pode ser preso. Por isso, o brasileiro quer que endureça a redução penal. Um candidato que tiver um discurso brando de segurança pública, não tem muita chance de ser eleito”, defende Soller.
A pesquisa da Real Time, encomendada pela RecordTV, ouviu 2.000 pessoas e a margem de erro é de 3 pontos percentuais.
Fonte: R7