Enquanto você sofre o empurra-empurra de Carnaval para acompanhar o trio elétrico ou enfrenta fila para comprar uma bebida em algum isopor, um grupo de pessoas atravessa o circuito como um raio. Escoltados por seguranças particulares, cheios de acessórios e até salto alto, eles entram nos camarotes mais desejados da folia. Famosos e anônimos pagam até R$ 6 mil por dia para ter segurança particular em Salvador.
Em uma empresa de segurança privada de Salvador, que vê a demanda crescer durante o período de festa, um casal chegou a desembolsar R$ 12 mil por dois dias de Carnaval. O serviço foi premium, com direito a carro blindado (R$ 3 mil) e dois seguranças (R$ 1,5 mil) – valores diários.
Dois serviços de escolta são mais comuns durante o período. Um profissional disponível durante 24 horas para acompanhar os foliões atrás do trio custa, em média, R$ 1,5 mil por pessoa. “É um agente especializado em segurança, com ensino superior, técnicas de artes marciais e conduta ilibada. Além do porte físico que suporte a intensidade do serviço”, explica Wellington Correia, do Grupo Weu Soluções Integradas , que oferece o serviço.
Uma opção mais barata são os guarda-costas. Por cerca de R$ 300 por pessoa, os profissionais acompanham os clientes entre o camarote e a saída do circuito. A maioria dos contratantes são de fora da Bahia. Turistas de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Distrito Federal são a maioria.
A atividade de vigilante privada é regulada pela Polícia Federal desde 1983 e exige uma série de pré-requisitos, como curso de formação e exames psicotécnicos. Militares da ativa são proibidos de realizar segurança privada, e os da reserva são os principais prestadores de serviço. Fonte: Correio 24h