A Delegacia Especializada em Proteção à Criança e ao Adolescente da Polícia Civil do Amazonas investiga crimes de estupro cometidos pelo empresário alemão Wolfang Brog, de 75 anos, suspeito de abusar sexualmente de crianças e adolescentes e oferecê-las a hóspedes de uma pousada, da qual é proprietário, no interior da floresta amazônica, a 115 quilômetros da capital, Manaus.
Vídeo gravado por uma das vítimas, que atualmente tem 15 anos, mostra como o homem agia. A menina conta que era abusada desde os 6 anos. No vídeo, o empresário aparece sem camisa na cama, onde se preparava para abusar da jovem. A adolescente diz que era obrigada a usar alguns trajes e acessórios, entre os quais, um par de algemas, correntes e até piercings no rosto, para satisfazer o empresário, que fugiu para a Alemanha quando o caso foi denunciado no Amazonas.
Joyce Coelho informou que a ação cumpriu dois mandados de prisão contra a mulher e o empresário alemão. A mãe explorava a filha em troca de dinheiro e presentes. Além da mãe, outros membros da família também tiravam vantagem da situação, disse a delegada.
Outro caso
As investigações começaram no ano passado após informações repassadas pelo National Center for Missing and Exploited Children, organização não governamental (ONG) americana que centraliza o recebimento de denúncias sobre crimes relacionados a abuso sexual infantil e desaparecimento de crianças.
Pela lei norte-americana, as empresas prestadoras de serviços de internet são obrigadas a relatar casos de suspeita de exploração sexual infantil por pessoas que trafeguem em suas redes. Foram registradas, no total, 364 ocorrências envolvendo tais condutas por meio de equipamentos vinculados ao suspeito.
A PF cumpriu mandados de prisão preventiva e de busca e apreensão em Jaboatão dos Guararapes, deferidos pela 4ª Vara Federal do Recife, o que resultou na apreensão de computadores, notebooks, celulares e outras mídias com potencial de armazenamento de imagens e vídeos contendo cenas de abuso sexual infantil.
Os crimes atribuídos ao investigado são: armazenamento e divulgação de conteúdo pornográfico infantil. Os agentes federais investigam ainda a possível prática dos crimes de estupro de vulnerável e de produção de cenas de abuso sexual infantil. Se confirmados, os crimes podem resultar em penas que, somadas, podem ir de 16 a 33 anos de reclusão. Fonte: Correio 24h