Vacina contra o coronavírus é testada pela primeira vez nos EUA

Autoridades de saúde de Seattle, nos Estados Unidos, informaram na última segunda-feira (16) que foi realizado o primeiro teste em humanos para avaliar uma vacina contra o coronavírus. Segundo o Instituto de Pesquisa em Saúde Kaiser Permanente, as primeiras doses da vacina experimental já começaram a ser administradas em um grupo de 45 participantes. Cada um vai receber duas doses com um intervalo de 28 dias entre cada aplicação. 

“O teste em estudo aberto incluirá 45 voluntários adultos saudáveis, com idades entre 18 e 55 anos, durante aproximadamente seis semanas”, afirmou o Instituto Nacional de Saúde dos EUA (NIH) em comunicado. “O primeiro participante recebeu a vacina experimental hoje.” O grupo será divido em três subgrupos, e cada um vai receber doses diferentes da vacina. 

O trabalho de monitoramento vai durar 14 meses e cada um vai receber até US$ 1.100 pela colaboração, caso não faltem a nenhuma das visitas médicas e entrevistas por telefone. 

A rapidez com que o teste foi aprovado e iniciado pode ser explicada tanto pela emergência de saúde pública representada pelo vírus Sars-CoV-2 quanto pelo método empregado pelos pesquisadores.

Os pesquisadores fabricaram moléculas de mRNA com base no material genético do novo coronavírus. Esse material contêm a receita para a produção da proteína da espícula do parasita — o “espinho” ou “arpão” que ele usa para se fixar nas células humanas. Segundo os cientistas, o objetivo é fazer com que o organismo dos pacientes produza apenas essa proteína, com base no mRNA da vacina.

A partir daí o sistema de defesa das células reagiria como se tivesse sido invadido pelo vírus real, produzindo anticorpos. Diante do patógeno verdadeiro, essas pessoas estariam imunes.

Segundo reportagem da Folha de S.Paulo, esse tipo de vacina tem a vantagem de “entregar” para o organismo toda a composição bioquímica do patógeno, o que facilita uma resposta mais robusta do sistema de defesa, mas pode ter efeitos negativos também.

Com as VLPs, a vacina levaria ao organismo dos pacientes uma molécula específica do coronavírus, como a famigerada proteína da espícula.
O pacote completo poderia desencadear, esperam os pesquisadores, uma reação mais confiável do organismo quando ele tivesse contato com o vírus real.

Fonte: Bnews

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