Morte em canal do Rio Vermelho: condutor perdeu controle de carro ao desviar de poça

Quando Marcelo Lobão, 41 anos, se afogou em um trecho do Rio Lucaia, no Rio Vermelho, também foi embora a motivação de toda sua família. É o que contou o irmão da vítima, Leandro Lobão, depois de buscar a autorização para liberação do corpo de Marcelo no Instituto Médico Legal Nina Rodrigues (IMLNR), no final da tarde desta segunda-feira (7).

“Ele era alegre, divertido. Nenhum desafio pra ele era impossível. Ele incentivava a gente a se desafiar, conquistar as coisas. Estava numa boa fase da vida, tanto profissional, como pessoal”, disse Leandro. Marcelo trabalhava como gestor de eventos.

O filho da vítima, Luan Lobão, 23, contou ao tio após o acidente que eles estavam voltando de uma boate no Rio Vermelho, acompanhados da namorada de Luan e de uma mulher que eles encontraram na festa, e resolveram dar uma carona. Durante o trajeto, Marcelo tentou desviar de uma poça de água, mas acabou perdendo o controle do carro e caiu no trecho do rio – bem em frente ao Largo da Mariquita e à Praça Colombo.

O sepultamento de Marcelo será realizado às 11h desta terça-feira (8), no Cemitério Parque Bosque da Paz, em Nova Brasília.

Os três acompanhantes que conseguiram sair do carro após quebrarem o vidro ainda tentaram retirar Marcelo do veículo, mas ele ficou preso ao cinto e estava desacordado. Equipes de resgate tiraram o veículo do canal por volta das 7h. Pessoas que moram na região ainda tentaram ajudar no resgate, mas também sem sucesso.

O corretor de imóveis Carlos Borges, 70, que mora em frente ao local do acidente, saiu na sacada e se deparou com um carro já imerso na água. De dentro do Land Rover Freelander, era possível escutar, segundo ele, os pedidos de socorro das vítimas. “Saí pra fora de casa e encontrei o carro com as quatro rodas pra cima. Uma das jovens gritava muito: ‘socorro, socorro'”.

O corretor, após ver o acidente, desceu do seu apartamento com uma faca para cortar o cinto de segurança e uma escada para tentar socorrer as vítimas. Foi por essa escada que os jovens conseguiram sair de dentro do canal. “Todos já tinham saído, mas o filho gritava muito. Então, percebi que alguém ainda estava dentro do carro”, conta Carlos.

“Foi uma cena muito triste e desesperadora porque a gente via que o homem (Marcelo) estava morrendo, mas não podíamos fazer muita coisa”, disse a dona de casa Edna Santos, 63.

“O filho gritava muito: ‘meu pai vai morrer’. Eu tentava acalmá-lo, mas já tinha certeza que o pai já estava morto porque tinha bebido muita água. Eu sou pai, então foi duro ver aquela cena”, relembra Carlos.

Fonte: Correio 24h

 

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