‘Não queremos bater, mas também não nascemos para apanhar’, diz Lula em Foz


Depois de uma segunda-feira (26) marcada por agressão a jornalistas, ovos atirados e PM usando gás lacrimogêneo, o ex-presidente Lula disse esperar confusão em Curitiba, destino final da caravana pelo Sul do país, e que defende a paz, mas que não aceitará apanhar.

“Nós vamos terminar nossa caravana em Curitiba. Eu já sei que vai ter confusão. Nós somos de paz. Agora, a única que coisa que nós não aceitamos é virar a outra face. Nós não queremos bater, não nascemos para bater. Mas, também não queremos apanhar”, disse Lula em Foz do Iguaçu na noite desta segunda.

“O que nós queremos é estabelecer uma política de ordem. O que nós queremos é ensinar as pessoas a conviverem democraticamente na diversidade. O que não queremos é que as pessoas se desentendam por posições políticas diferentes. O que não pode acontecer é sermos inimigos de nossos adversários. Assim não iremos construir a democracia”, declarou o ex-presidente.

A caravana petista que tem circulado pelo Sul do país há uma semana chegou nesta região oeste do Paraná. A recepção ao ex-presidente Lula foi marcada por atos de protesto de manifestantes que precisaram ser contidos sob forte aparato policial. Bombas de gás lacrimogêneo e balas de borracha foram disparadas para dispersar pessoas aglomeradas próximas ao acesso do prédio em que o político iria discursar. Eles haviam rompido o isolamento e se aproximado do outro grupo para atirar ovos e pedras.

 Ao lado do ex-presidente do Paraguai, Fernando Lugo, e do ex-ministro das Relações Exteriores da Argentina, Jorge Tayana, Lula defendeu o projeto petista de governo e acusou opositores de perseguição. “O que está em jogo é a soberania do Brasil. Não querem prender o ex-presidente Lula. Querem prender e destruir tudo o que representa a nossa eleição”, bradou.

 A passagem do ex-presidente pelos estados do Sul tem sido marcada por protestos. No domingo (25), ônibus de apoiadores foram recebidos com ovos em Santa Catarina. Nesta segunda, um repórter do jornal O Globo levou um tapa na cara de um segurança da comitiva de Lula.

Também dois repórteres colaboradores da Folha sofreram intimidação e foram chamados de petistas, mesmo se identificando, ao se aproximarem de grupos críticos a Lula, em Foz, nesta segunda, e em São Leopoldo (RS), na sexta (23).

Fonte: Bocão News
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